quarta-feira, 17 de março de 2010

Pragmatismo... o que é isso? - parte I


A definição de Pragmatismo foi criada em 1878, por Charles Pierce no ensaio filosófico “Como tornar claras as nossas idéias”. Anos depois, Pierce declarava ter inventado o nome Pragmatismo para sua teoria a qual dizia que o significado racional de palavras e expressões consiste somente em seu alcance sobre a conduta da vida. Vinte anos depois o termo Pragmatismo foi introduzido na filosofia por William James por meio de um relatório no qual ele fazia referência à doutrina exposta por Pierce no referido ensaio. James generalizou o método pragmático, desenvolvendo isto de uma crítica da base lógica das ciências em uma base para a avaliação de toda a experiência. James argumentou que o significado de idéias só é achado em termos das possíveis conseqüências destas. Se estiverem faltando conseqüências, as idéias não têm sentido. Ele foi avesso à sistemas metafísicos absolutos.
Pierce distinguia duas versões fundamentais de pragmatismo que eram o Metodológico e o Metafísico. O Metodológico não tinha como objetivo definir a verdade ou a realidade, mas desenvolvia um procedimento para determinar o significado das proposições. A proposta era sugerida pela exigência de achar um procedimento para fixar crenças, que podia ser científico ou experimental. No Metafísico, as teses fundamentais consiste em reduzir a verdade à utilidade e a realidade ao espírito. Esta tinha concordância com os espiritualistas franceses. Seu pressuposto era o princípio em comum com o pragmatismo metodológico, que é a instrumentalidade do conhecimento. Mas esse pressuposto é entendido e realizado de modo diferente; procura-se evidenciar a dependência da totalidade dos aspectos do conhecimento em relação à exigências da ação e às emoções em que estas se concretizem, pois as ações e os desejos humanos condicionam a verdade, inclusive a verdade científica.
Richard Rorty argumenta que o pragmatismo americano começou com a adoção de uma crença como hábito de ação. A importância disto é que se evita pensar em uma crença como uma representação, evitando também a questão de se esta representa o mundo como ele realmente é ou como nos parece ser. Substituir reflexões sobre o que representa uma crença por questões sobre a utilidade de uma crença foi uma trabalho realizado por Willian James e por John Dewey, que eram defensores e difusores do pragmatismo. Eles entendiam que a escola democrática devia formar gente pronta para a ação, capaz de, por si mesmo, pela pesquisa ou pela atuação, encontrar os caminhos para o seu lugar na sociedade.

(continua...)
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